Ator de Arapiraca comemora participao em filme global.

A contribuio de Nivaldo na produo durou pouco mais de um ms, segundo ele, um perodo transformador

Por Ranjelio 07/01/2018 - 06:38 hs
Foto: Arquivo Pessoal

De Arapiraca, no Agreste de Alagoas, para as telas de cinema de todo o Brasil. Essa é a mais recente conquista do ator arapiraquense Nivaldo Azarias Souza, que comemora a participação no filme Entre Irmãs. Nesta semana, o longa metragem, gravado no ano passado, foi exibido em formato de série, em quatro capítulos, no horário nobre da emissora.

“A experiência que tive no filme foi fantástica. O sonho de todos os atores, a partir do momento em que mergulham, de fato, na arte, é ser reconhecido, ser visto na televisão, na telona, e eu tive esse privilégio”, comemorou o ator.

A contribuição de Nivaldo na produção durou pouco mais de um mês, segundo ele, um período transformador. “Foram 35 dias, mas esses dias corresponderam a 35 anos da minha vida. Foi um sonho realizado”, pontuou.

No filme, Nivaldo interpretou o cangaceiro Arapiraca, contracenando com nomes conhecidos da dramaturgia brasileira como Nanda Costa (Luzia), Júlio Machado (Carcará) e Fábio Lago (Orelha).

De acordo com o ator, inicialmente, o acerto era fazer figuração, mas a partir dos ensaios a direção do longa metragem o aproveitou para o elenco de apoio.  “Disseram que precisavam de cangaceiro com falas e o diretor gritou: ‘chama o Arapiraca, eu quero o Arapiraca’. Foi o melhor momento da minha vida, não esqueço nunca”, relatou Nivaldo ao 7Segundos.

“Eu fui fazer o teste por meio de amigos que me disseram da seleção em Piranhas. Não mandei o currículo em tempo, mas cheguei lá, peguei o texto e estudei por 30 minutos. Depois disso eu fiz o teste e eles gostaram”, relembrou.

Nivaldo tem 35 anos e há 20 trabalha com arte, tendo participado de curtas como Povoado e Avalanche, além do tradicional espetáculo Paixão de Cristo na Cidade de Maria, no município de Craíbas. “Comecei minha carreira no bairro Canafístula como palhaço e com o grupo da igreja. De lá para cá não parei mais e sigo fazendo vários trabalhos”, disse.

O filme é uma adaptação, considerada bem sucedida, do romance "A Costureira e o Cangaceiro", de Frances de Pontes Peebles. A trama gira entorno das personagens Luzia e Emília (Marjórie Estiano) na década de 30, quando o Brasil passava por importantes transformações políticas e sociais.